Marcela Valença, Country Operations Manager, está de malas prontas para cruzar o Atlântico e reforçar o time do Porto Digital Europa. Em um bate-papo exclusivo, ela revela desafios e planos para essa nova jornada da sua carreira e do hub de internacionalização. Confira!
O Porto Digital está dando mais um passo para o fortalecimento do Porto Digital Europa, e, à frente desse movimento, está Marcela Valença. Com uma trajetória consolidada no Porto Digital, a Country Operations Manager assume um papel estratégico na expansão do hub de internacionalização de empresas para o continente europeu, com o objetivo de reforçar o trabalho de criar conexões sólidas, ampliar mercados e garantir que a tecnologia e inovação do Brasil tenham um alcance global.
Para entender mais sobre essa nova fase e os desafios dessa transição, conversamos com Marcela, que compartilhou sua visão sobre o futuro do Porto Digital Europa e seu impacto na internacionalização das empresas brasileiras.
Os desafios e oportunidades da internacionalização
Marcela destaca que o Porto Digital, com sua trajetória de quase 25 anos, sempre foi um ambiente de construção coletiva, onde impacto e inovação caminham juntos.
Agora, ao assumir esse novo desafio internacional, ela tem como principal objetivo trabalhar para consolidar o Porto Digital Europa em um hub estratégico para a internacionalização das empresas brasileiras.
“Não queremos apenas levar empresas brasileiras para fora, mas construir pontes sólidas entre os mercados da Europa e do Brasil. Nós sempre falamos sobre a necessidade de internacionalizar as empresas do ecossistema, de abrir caminhos para que a tecnologia brasileira tenha um alcance global. Desde 2022 estamos transformando essa ideia em realidade. Passar a atuar em outras áreas do Porto Digital, em outro território, aprendendo com quem já vem fazendo o trabalho acontecer e contribuir com minha expertise para que mais e novas conexões aconteçam, é a motivação para ter aceito esse novo desafio”, enfatiza.
O grande desafio para muitas startups e empresas brasileiras é estruturar sua expansão internacional de forma estratégica e planejada.
Para Marcela, a internacionalização não deve ser vista como uma tentativa de “vender para fora”, mas sim como um movimento estruturado, com base em inteligência de mercado, suporte adequado e estratégias bem definidas. “O impacto que buscamos é abrir portas e garantir que as empresas passem por elas de maneira qualificada e segura”, explica.
A empolgação de levar a inovação brasileira para o mundo
Valença destaca que um dos pontos mais motivadores desse processo é a possibilidade de mostrar que o Brasil não é apenas um consumidor de tecnologia, mas um gerador de inovação competitiva para o mercado global.
Ela também ressalta a importância de desmistificar a internacionalização, tornando esse caminho acessível para mais startups de tecnologia e, principalmente, para empresas já consolidadas no país.
A Europa, com sua ampla rede de hubs de inovação e um ambiente regulatório que incentiva o setor, se apresenta como um destino estratégico. “Poder criar essas pontes e posicionar o Brasil de forma estratégica no cenário global é o tipo de desafio que vale a pena enfrentar”, afirma.
Valença completa: “a ideia é estruturar redes de longo prazo, gerando negócios e oportunidades reais por meio de modelos de negócios adaptados, produtos validados para o novo mercado. Fazer com que as empresas se integrem globalmente, ampliando o mercado e fortalecendo a nossa presença internacional”.
Conectividade e construção coletiva
Apesar da distância geográfica, Marcela reforça que essa nova fase não significa desconexão com o ecossistema brasileiro. “Essa ponte entre Recife e a Europa não é uma via de mão única. Queremos manter um diálogo ativo com as startups e empresas que buscam se internacionalizar“, diz. Para isso, canais serão mantidos para compartilhar insights, oportunidades e conexões estratégicas.
Outro ponto levantado por Valença é a chance de desmistificar a internacionalização. “Muita gente ainda vê esse movimento como algo distante, complicado e, muitas vezes, inacessível. O que queremos é criar caminhos para que as empresas tenham condições de crescer fora do Brasil sem precisar se virar sozinhas”, confidencia.
Os desafios da transição e a identidade brasileira no Porto Digital Europa
A extensão de Recife para Portugal traz desafios tanto pessoais quanto profissionais. “Entender as nuances do ecossistema europeu e garantir que a identidade do Porto Digital seja mantida no novo contexto são aspectos fundamentais“, explica Marcela.
Ela também explica que a identidade brasileira e nordestina é uma estratégia diferencial. “O Brasil tem um jeito próprio de empreender, e isso é uma vantagem. Nossa capacidade de resolver problemas de forma criativa e colaborativa pode agregar muito ao mercado europeu.“
Missão: desmistificar a internacionalização de empresas
Valença pontua que um grande desafio será evidenciar que a internacionalização de empresas não é sobre dar sorte ou tentar vender lá fora, mas sim sobre estratégia, preparação e conexão com os mercados certos.
“Já estou atuando para mostrar às empresas que, se elas querem expandir internacionalmente, devem encarar essa missão como um processo estruturado e não um movimento improvisado. Afinal, cada mercado tem suas regras, sua própria cultura de negócios e suas peculiaridades. O que funciona no Brasil, não necessariamente é o mesmo que se deve aplicar nos EUA, Europa ou Ásia”, explica.
Marcela ainda destaca neste contexto que o Porto Digital Europa foi criado para justamente ser este parceiro, esta ponte entre o ecossistema brasileiros e os mercados internacionais. “Existem oportunidades, mas é preciso estar preparado para aproveitá-las. E, se tem uma coisa que aprendi no Porto Digital, é que a inovação de verdade acontece quando a gente junta as pessoas certas, no lugar certo, na hora certa”, enfatiza.
O que vem por aí?
A mudança de país sempre vem com desafios, e essa transição entre Recife e Portugal não é apenas uma questão de logística – é um movimento estratégico, tanto pessoal quanto profissional, tanto para Marcela Valença como para o Porto Digital.
Valença relata que o primeiro grande desafio é entender as nuances do ecossistema europeu. “Sei que inovar no Brasil exige jogo de cintura, mas competir em mercados internacionais exige um nível ainda maior de preparação, posicionamento e capacidade de articulação. Não basta só chegar, tem que chegar fazendo sentido.”
No fator pessoal, a gestora afirmou que Recife tem uma energia única, um ambiente vibrante e uma comunidade forte. “Estar fisicamente distante disso não significa desconexão, mas exige adaptação. O desafio é mudar de casa sem perder a proximidade com o que construímos ao longo dos anos. Mas, no fim das contas, a inovação de verdade acontece quando nos desafiamos a sair da zona de conforto – e essa transição é exatamente isso.”
Os primeiros movimentos do Porto Digital Europa, após essa transição, estão focados na criação de conexões que realmente facilitem a entrada de startups e empresas brasileiras no mercado europeu. Isso inclui identificação de setores estratégicos, formação de parcerias e o desenvolvimento de programas que tornem esse processo mais acessível e estruturado.
“Brasil e Portugal podem estar separados pelo Atlântico, mas estão cada vez mais conectados pela inovação“, conclui Marcela Valença. Com essa nova fase do Porto Digital Europa, as fronteiras da tecnologia brasileira se expandem e prometem transformar o Brasil em um polo global de inovação.
Um pouco mais sobre Marcela Valença
Marcela Valença é uma profissional com sólida experiência em Gestão de Projetos e Programas, Relações Institucionais e Gestão de Pessoas, com forte atuação no setor de Tecnologia e relacionamento com políticas públicas.
Agora, ao também atuar no Porto Digital Europa, passa a fortalecer as conexões com sua habilidade comprovada na construção de parcerias estratégicas, desenvolvimento de projetos de impacto social e liderança de equipes multidisciplinares.
Quer saber mais sobre internacionalização de empresas pelo Porto Digital Europa? Acesse: https://portodigital.eu/embarque-onboard/